quinta-feira, junho 21, 2007

*MEU MUSO QUERUBIM*


*Meu Muso Querubim*
(Cleide Yamamoto)
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Dos impuros versos fiz-te minha perfeição
E Muso inspirador... E Querubim de Amor!
Elegendo-te dos meus versos dono e Senhor
E das minhas poesias meu próprio coração.

E sempre clamarei a tua presença em mim
Pois deveras sabes o quanto eu preciso de ti.
Para que tu, a inspiração que um dia perdi
Devolva-me dia e noite até chegar meu fim.

Minh’alma tua será ao romper de cada dia
E meu corpo tu terás na essência mais pura
Pra que tu proves uma a uma minhas juras
E saibas que a poeta-mulher em ti é poesia.

Guarde contigo os meus secretos segredos
Comigo há de morrer todos os teus silêncios
E nossas lágrimas no amanhã serão o rocio
Em versos novos de um tempo sem medos.

E enquanto meu coração ousar ainda bater
E meus olhos a tua alma eu puder alcançar
Saberás que meus versos são o meu te amar
E que és o Meu Muso enquanto vida eu tiver.
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Homenagem a amiga

*A QUEM O POETA AMA??


**A Quem o Poeta Ama?**
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Ao poeta é dado um sentimento, magia,
Concentrando na mente que cria, delira
Em versos, prosas, nas palavras irradia
Toda emoção contida qualquer hora inicia

Ama a tudo que a visão na imagem inspira
Cada olhar esmiúça com detalhes percebidos
O que outros olhos simplesmente só vagueia
Ao poeta é tema decifrável e desmedido

Embeleza a vida, floresce jardins sem cores
Faz da lua, sol, astros, belos multicores
Descreve sua musa a mais bela das flores
Ama a natureza com as letras e sabores

Uma simples folha esvoaçando no ar
Uma porta que se abre, uma ave a voar
Uma pedra no caminho, sorriso enviado
A caneta já desliza pra o seu canto entoar

No coração do poeta, o amor sorrir e chora
Misto de fantasia temperado de realidade
Padece, sofre, esbanja lágrima, liberdade
A cada tema, alegria, dor, uma saudade
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Sogueira

*ALMAS GÊMEAS*


**Almas Gêmeas**
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Procurei-te por lugares os mais longínquos
Metade esperança, outra metade desvelo
Nossos passos nunca se cruzaram, cansaram
Qual alma no espaço livre em pesadelo

Eras a miragem na imensa areia deserta
Que a sede não sacia, sol queima, irradia.
Os desejos desprendidos ruíram feneceram
Duas mentes opostas pousaram em simetria

Na metade incompleta, pássaro sem ninho
Casa sem teto, ao relento, ao sabor do frio
Jarro sem flores, roseira sem espinhos
É vida sem desfecho, final caminho findo

Mas, se a cumplicidade for meu confessor
Comungar do mesmo sentimento, e dor
Partilhar, proteger, no mesmo compasso
Serás minha alma gêmea em vida e esplendor

É como a abelha que não vive sem o mel
A rainha sem o trono é mísera escrava
A flor não regada, murcha, vai despetalar
Sem a alma gêmea é a vida sem estrada
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Sogueira

domingo, junho 03, 2007

*HOJE SEM MANDAMENTOS*


*Hoje, Sem Mandamentos*
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Hoje eu quero uma lua clara
Uma luarada com amigos
Muita risada rasgada
Pra espantar inimigo
Que ouse impedir a estrada

Hoje quero um samba quente
Pra suar a roupa molhada
Sair pelos poros úmidos
As mágoas ali conservadas
Voltar pra casa lavada

Hoje quero um abraço apertado
De corpos bem desejados
Carícias ao pé do ouvido
Sussurros de enamorados
Sorriso largo e folgado

Hoje quero um sol deslumbrante
Na praia os corpos queimando
Ao bronze desta cidade gigante
Olhando as ondas do mar
Poetando a noite ao voltar

Hoje quero um mundo feliz
Pelos menos alguns segundos
Mesmo pensando profundo
Como uma lei, que só é lei
Jurada em palavras de rei.
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Sogueira

*FAXINEI MEU CORAÇÃO*


**Faxinei Meu Coração**
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Faxinei meu coração cansado
Com carinho e bem cuidado
Pra não despedaçar seu orgulho
Sensato, exigente, descuidado.

Vasculhei bem nos cantinhos
Saudades longas, infindáveis.
Momentos indefinidos fugazes
Conquistas raras, invioláveis.

Amores mal resolvidos findados
Também amores bem conquistados
Que se perderam no tempo
Pra longe os ventos levaram

Seletista em demasia e liberdade
Voa neste espaço buscando paz
Já pediu aposentadoria ao amor
Mas, teima desobedece quer mais.

Ah! Coração desleal e amigo
Dos dois não tenho certeza
Protege-me com tanto desvelo!
Ou se me engana com esmero!
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Sogueira